quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Part_85° Um homem árabe para chamar de seu, Um amante berbere - "Güle Güle turkey" Voltando ao Marrocos - Livre arbitrio ficticio


 nao sei onde fica essa linda paisagem, mas me identifiquei tanto com ela. Peguei num site russo

http://trasyy.livejournal.com/877772.html

 

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 Turquia

 

Uma pequena nota antes de eu continuar com a postagem 85°:
-Eu havia dito na postagem anterior que nunca ninguem me pediu desculpas (me refiro as pessoas que já me magoaram, feriram, prejudicaram etc), mas depois me lembrei da única pessoa que foi capaz de reconhecer seu erro para comigo e pedir desculpas:
Essa pessoa, passado alguns anos, reconheceu que errou,  me pediu desculpas com toda sinceridade, e eu fiquei muito surpresa que ele tenha me procurado e pedido desculpas.

Essa pessoa foi o Marco Antonio - que eu chamo de  SR Y, já comentei sobre ele em postagens anteriores. Ele ficou muito doente, e teve risco de vida...foi entao, depois disso que ele mudou, e foi me procurar assim que ficou bom em 1995 - quando eu estava de volta ao Brasil, e eu estava doente - e ele se mostrou tao humano, e foi bom que ele apareceu de novo, exatamente naquela fase, pois eu precisei  de alguem que me desse uma palavra de conforto, de amor...
Eu agradeco muito a ele por ter tido a coragem de pedir desculpas, reconhecer seu erro e tentar me passar algum carinho e cuidado dai em diante...
Obrigada Marco Antonio por toda a consideracao, nossa historia foi muito importante...te amei e nunca esquecerei, mesmo que tenha tido tanto sofrimento, nao posso esquecer, pois eu gosto de lembrar de mim daquela época...no final nos tornamos amigos e gostamos de relembrar tudo que vivemos, ele sentiu falta, isso me fez feliz - afinal o que parecia incorreto e nao adequado entre nós na epoca, depois virou motivo de saudades...
Qualquer hora conto mais sobre o Sr Y.

Quantos aos outros;  homens e mulheres, maridos, filhos, "amigos e amigas" que já me machucaram, esses nunca pediram, nao pediram e nao vao pedir.Por que nao? simples, eles acham que estao e estavam certos, sempre estao certos....sao pessoas que nao refletem sobre seus atos, nao tem coragem de pedir desculpas, porque isso e assumir que estao errados, e isso eles nao conseguem aceitar...
Tentei buscar na memória se havia mais pessoas que tivessem pedido desculpas ...nao, nao houve.
Bom, vamos voltar a Turquia, aos ultimos momentos nossos na Turquia.

Segunda nota: Também queria avisar a voces que estarei super super ocupada daqui para frente, e nao sei como vao ficar as postagens, mas tentarei sempre que possível postar alguma coisa.


A conversa me deixou mal, estava me sentindo pesada.
Foi dificil manter aquele dialogo, eu nao estava no meu natural, dentro de mim uma forca estupenda me movia, me dava a direcao, me ditava as palavras, me tomava toda a expressao fisica e emocional.
Fui dominada - essa forca, normalmente nos toma e atua dentro de nós, quando estamos vivendo alguma situacao dificil, ou que nao tenhamos desejado, criado, etc.

Já experimentaram em sonho uma queda livre e continua?
Essas situacoes dificeis e penosas, nos tomam e jogam num emaranhado de emocoes, como se fosse essa queda livre e continua que experimentamos em sonhos (pesadelos?), elas sao as situacoes que nao fomos nos que desejamos criar, viver ou experimentar.

Essas situacoes insistem em nos tomar, e quando nos tomam, temos o sentimento de que estamos jogados num palco qualquer da vida, localizado numa dessas ruelas sujas, estreitas e esquecidas pela luz - nos deixa lá lutando para sobreviver e entender o porque desse desejo tao latente da sobrevivencia - um jogo muito cruel.

Pois entao, espero que possam entender que algo muito maior do que eu, me tomou,  moveu-me como uma marionete naquele palco das encenacoes macrabas da vida (vida que nao pedimos para viver como se apresenta na maioria das vezes) - eu agi como um deles, como as pessoas que eu tanto desprezo.
Fui obrigada, nao tinha outro caminho, e se haviam outros, com certeza todos levavam ao mesmo destino.

O sistema nos obriga a fazer o que nao queremos, ou agir de maneira que no final de tudo, nao nos reconheceremos - ele nos empurra em situacoes profundas e ficamos presas nelas, enlameadas, nos sentindo mal,  sem saida, presas nessa queda continua.
E sabemos que isso só vai parar, se dermos a vida o que ela quer; ela quer acao, quer ver atitude, nao importa se voce faca o bem ou o mal, ela quer algo acontecendo.
A vida é faminta!

Assim, caimos até o momento que decidimos agir - e quando agimos, no final, daí entao parece que realizamos o que deveria ter sido feito..."tá feito, tá registrado"...entao, a vida respira, ela nao sente culpa, nao foi ela quem fez nada, ela apenas criou ou cria situacoes - e joga um de nós dentro do circulo para ver a reacao - a vida criada pelo sistema é como um jogo de computador.

Sempre nos dizem que há sempre uma escolha - nao é verdade, as vezes há sim escolhas, mas todas nos levarao ao mesmo resultado, só que a gente pensa que nao, que seria diferente se tivessemos seguidos ou escolhido por outra.

Eu explico melhor, sim as vezes há chance de voce fazer uma escolha diferente e conseguir outro resultado, mas há situacoes na vida que ela quer que algo acontece, nao importa se aquele algo seja ou nao seja o que voce escolheu antes, ou que voce desejou, a vida quer....e pronto, é isso que importa!

E mesmo que voce decida por A ou B, o resultado será o mesmo - é uma roleta russa, mas a gente pensa que havia outra escolha.

Eles inventaram o tal do livre arbitrio para nos responsabilizar até mesmo pelas escolhas, atos e acontecimentos que nao pudemos decidir e escolher, mas eles dizem - voce escolheu, voce criou e desejou isso, usou o seu livre arbitrio - livre arbitrio a grande crueldade, a grande manipulacao, que se eu tiver oportunidade quero esmiucar esse assunto para esclarecer o que é isso...

Sabe porque nao há outras escolhas sempre, ou se parece que há, sempre nos levam ao mesmo destino?
Porque nao somos donos dos acontecimentos, se fossemos,estariamos e seriamos os responsaveis por toda a criacao do mundo, por tudo que acontecesse ao nosso redor, nada iria escapar ao nosso controle.
Imagina todos decidindo e escolhendo as coisas ao mesmo tempo?

Que confusao seria!!!  ex: vamos supor que no ano tal e no mes tal, eu escolho trabalhar no mesmo local de uma amiga, na mesma posicao, e ela teve a mesma ideia, ela quer a mesma coisa -  e isso vai criar um tremendo choque no jogo da vida - por isso nao somos nós que escolhemos como nos fazem pensar.

Nao nesse mundo em que vivemos, mas, no primeiro programa da vida, onde haviam outros humanos, sim, antes desse mundo (programa que chamamdos de mundo), tivesse sido corrompido, nós todos escolhiamos.
E havia a possibilidade de vivermos o que queríamos, mas...voces nao podem entender isso...entao por que voce escreve Fri? Bom, mesmo que eu saiba que voces nao entendem e possam pensar que sou louca, eu falo - por que?
Porque um dia, pode ser que alguem vai viver o suficiente para lembrar do que eu falei quando viver algumas experiencias que ativara essa a lembranca das minhas palavras esquecidas no seu subconsciente.

E lá estava eu, naquela cenario indesejado, vivenciando aquilo tudo que eu desprezava, me sentindo violada...quando a vida me coloca nessas situacoes que desaprovo, eu me sinto mesmo muito violada na minha alma, no meu origianl, no meu natural.


Depois que ela se foi , respirei fundo, me curvei, coloquei as maos nos meus joelhos e com ansia de vomito imensa tentei alcancar o banheiro da casa da piscina.
Mas,  nao suportei, saiu tudo do meu estomago lá mesmo no gramado...
O seguranca estava ainda perto de mim - eu o escutei dizendo qualquer coisa como "Madam may I help you?" (Senhora possa te ajudar?)

Ele nao podia me ajudar, ninguem podia - eu desprezava tudo que tinha vivido e feito, eu me sentia suja e doente. O frio comecou a mover rapidamente pela minha espinha, eu sabia que ia ter uma crise de hipotermia...eu estava em choque de novo, nao queria que isso acontecesse diante do seguranca, por isso achei por bem pedi a ele que trouxesse um cobertor bem grosso para mim, urgentemente.
Ele se foi e eu fiquei tentando controlar a temperatura do meu corpo.

Nao tenho nenhuma aptidão para viver nesse mundo, com tal sistema, quando sou obrigada a dancar a danca do sistema (usar das armas de defesa e ataque que ele nos dispoe - apos no colocar em duelos, como se fossemos inimigos), eu adoeco, eu me sinto profundamente mal.

Tive que ameacar uma adolescente, tive que me colocar ao nivel dos repteis manipuladores para poder ter um pouco de paz, e defender aquele que esteve sem defesa quando foi usado.

Nosso dialogo ainda estava fresco na minha cabeca .
Ela insistia que seria dificil pedir aos pais para sair do colegio, pois eles eram responsaveis por ela, como se eu nao soubesse disso, mas eu sabia tambem que seu pai  faria o que ela pedisse,  desde que ela batesse o pé.
Eu sabia que ela poderia inventar boas mentiras - manipular ela podia ainda melhor.
Se eu nao tivesse feito isso Faridah, que nao aceitava que as regras da sua casa fossem violadas, iria com certeza conversar com seus pais.
Eles iriam se sentir muito tristes e atacados com a reacao da filha - se Faridah os colocasse a par de tudo, iriam sofrer muito.
E achei melhor que somente ela sofresse, ainda que fosse tao jovem,  tinha que assumir o resultado das suas atitudes como um fardo, e nao seus pais.
Aquela familia já tinha bastante desgosto com o genio e rebeldia daquela filha.
Eu queria poupa-los, eles nao mereciam o choque de saber que a filha que amavam tanto, ousou fazer tal coisa, por puro capricho.

Mesmo sabendo que fiz o melhor, eu me sentia muito mal.
O seguranca trouxe o cobertor, me ajudou com ele nas costas e se manteve proximo...me olhava a certa distancia ...respeitava meu momento de libertacao.
Como eu iria enfrentar minha sogra, minha jovem cunhada? Afinal eu estava interferindo nos assuntos da família - eu nao tinha pensado nisso - a preocupacao me deu mais um nó no estomago.
O frio cortante rasgava minha espinha, descia banhando as extremidades do meu corpo com gelo glacial.
Sem poder me mover muito andei devagar para dentro da casa, precisava ficar bem aquecida.

Senti alguem me abracar e nem consegui entender bem o que estava acontecendo, pensei por um momento, que o seguranca o tinha feito, estava com uma certa confusao mental.
Mas, a voz doce da Faridah me deu um certo alivio, e quase desmaiei nos seus bracos, a fraqueza me tomou, as pernas baquearam - eu so tive tempo de dizer que o frio estava chegando e que logo eu nao iria me mexer até o dia seguinte.
Ela chamou o seguranca e falou qualquer coisa com ele, eu nem queria entender o que falavam, queria controlar meu corpo para que eu nao caisse no frio glacial da hipotermia.
Ela havia pedido a ele para me levar para dentro da casa.
No salao aquecido, aconchegante, ele me acomodou no sofa, faridah puxou um puf e se ajeitou perto de mim - tentei falar alguma coisa - pedir desculpas, afinal nao tinha mais certeza se agi bem.
Ela disse que eu nao deveria me preocupar, disse que agi corretamente, foi o melhor a ser feito - e  que ela iria mesmo falar com os pais dela se eu nao tivesse feito nada.
Em todo caso, ela achava que minha atitude em proteger os pais foi a melhor, afinal se ela foi corajosa para planejar e agir daquela maneira, ela poderia tambem trabalhar e assumir seus proprios erros.

Quem sabe com isso, poderia criar um certo senso de responsabilidade por seus proprios atos.
 Como ela iria fazer para reparar o erro, Faridah me disse para nao criar preocupacao, ela era esperta e nao sairia prejudicada, iria achar uma boa ideia ou mentira.

Atordoada pelo frio, mas me sentindo melhor, vi entrar no aposento em que estavamos a minha sogra - imediatamente congelei de novo, estava receiosa que ela nao aprovasse minha atitude.
Faridah se levantou e a comprimentou, e em arabe conversaram - enquanto falavam as vezes olhavam para mim, eu nao sabia o que falavam, mas entendia...falavam sobre o ocorrido.

Minha sogra nao parecia desapontada e nem magoada, ao contrario, balancava a cabeca e me olhava com carinho - me senti melhor.
Entao, cortando a Faridah, pedi desculpas e comecei a falar em ingles com minha sogra - tinha que falar. Queria me desculpar por ter falado e agido em nome da familia -  proibir a menina de ter amizade com a filha dela, nao sei se eu tinha esse direito.
E qual nao foi minha surpresa, quando ela disse que eu nao precisava me preocupar com minha cunhada, ela mesma a tinha colocado a par da situacao. E quando soube do que a amiga fizera, sentiu-se envergonhada e culpada. E disse mais - disse que nao poderia mais aceita continuar a amizade com ela depois de tudo.
Enfim elas nao estavam zangada comigo, foi um alívio!
Pedi que Faridah me ajudasse a ir pro quarto do Addi, precisava ve-lo.


No quarto
 Ele estava deitado na cama, ao me ver abriu aquele sorriso de dentes brancos, aquela linda boca formava o mais belo sorriso, emoldurado por suas covinhas charmosas e sexies -  sorriu-me tao belamente quando entrei no quarto, seus olhos pareciam me acariciar e me acorrentar no mais profundo conforto do seu amor... me olhava tambem com um certo orgulho.
Sentei-me ao seu lado, Faridah falou alguma coisa com ele, e depois piscando para mim saiu e fechou a porta - ele pegou nas minhas maos e olhando de uma maneira ainda mais amorosa do que todas as maneiras amorosas que ele ja tinha me olhado, me disse:

-Fri I'm proud of you, it was the first time you acted like you are from this family - you are finally finding your place in this family Habiby! you acted as my wife
( Fri estou orgulhoso de você, foi a primeira vez que você agiu como se fosse mesmo dessa família - voce está, finalmente encontrando o seu lugar neste familia Habiby! voce agiu como minha mulher)

Eu aproveitei o momento pra pedir o que tanto precisava, voltar para nossa casa!

Addi, I must go back to Morocco, please, can you ask your doctor when we can go?

(Addi, preciso voltar ao Marrocos, por favor,  voce pode perguntar ao seu medico quando nós podemos ir?)

Ainda que presa nos bracos dele me sentia mais segura e confiante, eu estava marcada por tudo aquilo.

Sentia que estava presa em algum lugar...minha alma estava aprisionada.
Eu precisava escapar, sair daquela concha que me aprisionava num eco sem fim...alguma coisa estava acontecendo comigo....um vulcao de emocoes descontroladas estavam me tomando...talvez voltando ao Marrocos eu possa voltar ao normal, pensei....
Uma parte em mim estava amuada, acorrentada em duvidas e medos de novo...
O que estava acontecendo...por que eu nao me sentia forte e grande como as pessoas daquela familia me viam, por que eu nao estava tao confiante e segura do que fiz e do que deveria fazer dali em diante?
O que tinha mudado dentro de mim?
Continua....

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